Waick era um rapaz comum. Afável, anafado (bem mais agora), simpático, sempre bem humorado, sempre pronto para entrar em qualquer partida. E falando de partida ou partidas o rapaz não era muito bem visto pelos restantes companheiros das“jogatanas”. Ele tinha um dom. Ele era Sobe e Desce, Kemps (ou Dero, não vou discutir isso agora) Monopoly (este que o diga Port, lembras-te do joéte, joéte?), Lerpa, Petróleo e outros em que o rapazito não acabasse com maior ou menor dificuldade por limpar ou vencer com categoria. Chegou inclusivamente a trazer um jogo novo de seu nome “Rummy” e a ensiná-lo aos seu amigos mas nem assim. Nesse jogo atão era do piorio.
"O sacana aprendeu lá com o Pai no Vitória” diziam uns;
"Ganda ranço, granda vacoso", diziam os outros.
Mas um dia, o feitiço virou-se contra o feiticeiro.
Surgiu o famoso Trivial Pursuit. E aí era ouvir os outros com satisfação.
“Ena, fez um queijinho…”
Ou então, em jeito de favor,
“Essa é de desporto, o gajo sabe…”
Ainda tentou convencer os restantes com um
“bute mas é jogar um ramizinho, ou um monopoly...” mas de nada serviu.
O 4º lugar no Trivial era sempre dele. Costumava “subir ao pódio” quando faltava algum dos outros intervenientes.
Como se costuma dizer, “Cá se fazem….
Como se costuma dizer, “Cá se fazem….
Abraços Waickianos para todos.
Era incomum na sorte que tinha aos jogos de azar. Anafado não era adjectivo usado naquele tempo. Havia gordo e mais eufemisticamente havia robusto. Se os primos Simão e Marta estivessem pela Perry Vidal seria petit gros, que sempre é mais queirosiano. Talvez daí também o joéte (jouette).
Um abraço
P.S.: Ando a ver se arranjo um jogo do Monopólio daqueles tempos sem as mariquices de alugueres de terreno em érios nem a Rua Augusta enfiada na Rua das Amoreiras (mais um pouco e metiam o Rossio na Betesga). Tendes algum?