Bar do Justo


Bar do Justo

Algures em 1985, quatro horripilantes bandidos adolescentes da Picheleira - Dar Braxton, Port Portridge, Seth Sacannalive e Waick Banan - decidiram pôr de lado os assaltos a bancos, velhinhas e otorrádios e foram passar uma tarde diferente. Compraram um pacote de refresco de morango Royal, uma torta de baunilha com cobertura de amendoim da Dan Cake e foram para o telhado da casa de Dar Braxton fazer um pic-nic. Do altofalante roufenho dum gravador "tipo zxspectrum" Grundig (ligado à electricidade por meio duma extensão Black & Decker) saíam acordes futuristas dos Spandau Ballet. No horizonte, uma vista magnífica: o Mar da Palha. O céu, limpinho e sem nuvens. Estava inaugurado o Bar do Justo.

Às tantas as vizinhas deram pela coisa, foram fazer queixa ao "senhorio do bar" (o pai do Dar) que num ápice entrou balcão adentro (apesar deste ser ao ar livre) e começou num avianço de lostras e calduços na cabeça de Dar Braxton. Port Portdrige ainda tentou acalmar os ânimos. Seth Sacannalive e Waick Banan deram à soleta e safaram-se da vergonha.

O Bar acabou logo ali, cerca de 43 minutos (a cassete ainda não tinha sequer dado a volta, mas o repasto tinha já desaparecido) depois de ter sido inaugurado com pompa e circunstância.

Passados mais de 20 anos, estes mesmos bandidos, voltam aqui para relatar estórias do bairro da Picheleira do pós 25 de abril.

Fiquem atentos.




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