Bar do Justo


Memórias Waickianas - Parte 1

Aquela iria ser sem dúvida a mais importante corrida das 26 agendadas para o dia. Waick partiria do último lugar da grelha (assim tinha sido decidido pela FIA, na altura constituída e representada por Seth e Port).

"tu arrancas lá do último lugar, porque és o mais rápido;
o Saraiva arranca da Pole"

E assim foi. Cá mais para trás na ultima linha com Waick, encontava-se Port e o seu famoso Ligier, com ailerons traseiro e dianteiro, que faziam do "carro" o mais bonito do pelotão em claro contraste com o de Nuno Saraiva que lhe tinha sido ofertado por um gajo duma oficina do bairro e que tinha umas rodas "muita granjolas" mas nada aconselhadas para o efeito que se pretendia.
A partida iria ser dada por Clim (ou Klim, whatever...), que se encontrava na nossa companhia entretido a "desmanchar" um carro abandonado que por ali se encontrava. Ainda não lhe tinha surgido a ideia de contruir um "autocarro de esferas" já aqui mencionado por um dos companheiros.
Waick não depositava grande confiança num bom resultado, afinal era o último da grelha...
Mas a esperança renasceu quando a "FIA" o informou que

"podes dar 4 mãozadas"
desculpa? retorquiu Waick
O Saraiva pode dar 1 mãozada, o Pires 2 e tu podes dar 4"

Clim deu a partida e tudo correu pelo melhor. Sem atropelos nem toques, ao fim dos primeiros 30 metros da descida, já toda a gente tinha ultrapassado o Saraiva, sinal evidente da normalidade da corrida. Nos seguintes 50 metros da mesma, mesmo no fim da traseira do prédio da "Sandra Pachacheira", Waick ultrapassara os restantes elementos do pelotão, colocando-se em segundo lugar logo atrás de Seth.
Waick acreditava cada vez mais na vitória e faltava ainda boa parte da recta do circuito, onde normalmente, graças ao seu peso "extra" e aos seus rolamentos dianteiros minúsculos, ele conseguia obter o maior binário de todos os participantes.
Ultrapassado o último dos obstáculos (Seth) Waick já via a chegada à Escola das Olaias como um sonho concretizado, mas de repente...

"Fo**-*e, o gancho, devia ter travado um bocadinho antes...

Tarde demais. Já estavam todos uns em cima dos outros e ninguém conseguia passar por lado nenhum (A FIA tinha sido bem clara quanto ao pisar do risco que delimitava a pista).
E ali mesmo, aconteceu uma reunião extraordinária da FIA, que deliberou em segundos, que Waick podia dar "1 mãozada" e os restantes "2 mãozadas" porque senão ainda para ali estavam.
Dada "a mãozada" Waick cortou a meta (lembra o autor, que a meta era 10 metros depois do gancho), logo seguido por Seth, que de imediato o parabenizou pela brilhante prestação:

"tu no gancho és sempre a mêma merda"

Terminada a corrida, o pelotão aguardou a chegada do Saraiva para vir com o grupo para cima.

Waick Banan

Notas do Autor: O grupo ficou a saber que aquela tinha sido mesmo a última corrida do dia porque o insano Clim, tinha pegado fogo ao carro abandonado;
O Autor pede desculpa a Port e a Dar mas de todo se lembra da classificação dos mesmos na corrida.


Um grande abraço a todos "and it's good to be back"..

2 Responses to “Memórias Waickianas - Parte 1”

  1. # Anonymous Anónimo

    Bem-vindo à taberna, caro confrade.
    Aquele abraço.
    Port  

  2. # Anonymous Anónimo

    Só me apetece dizer que isto não era a mesma coisa sem ti.

    Agora, pergunto: tu roubavas as tábuas num sítio melhor do que nós? Ou era o Grande Oliveira que te trazia rolamentos novos? Sempre achei que ali havia coisa...

    Grande Abraço  

Enviar um comentário



Google Docs & Spreadsheets -- Web word processing and spreadsheets. Edit this page (if you have permission) | Report spam