Bar do Justo


Sebastião Cô

O Sebastião Cô não sei se vem do tempo da fundação do Vitória mas passa de certeza pelo da brilhantina no cabelo. Se falei com o Cô - pelo menos que me lembre - já não me lembro. Nem sei se ele alguma vez terá sabido quem diabo era eu. Mas a verdade é que eu sei uma história do Cô. Quem ma contou foi o Ruizinho da Júlia - esse pobre diabo que à partida e depois tinha o suficiente para poder hoje escrever um blogo, e ao fim e ao cabo deu na desgraça que se sabe. Quem lhe a ele contou esta história foi o sr. Alberto, o pai.
O Cô, como já disse, vem do tempo da brilhantina, e já agora do Petróleo Olex. Vós que guardais certamente melhor memória dele que eu heis-de vos lembrar daquele cabelinho sempre coladinho à cabeça; alguma vez o vistes sem aquele penteado pipi? Pois bem parece que o Cô em novo não tinha muita massa para abrilhantar o cabelo com produtos de drogaria barata. Mesmo sem brilhantina para o cabelo o Cô tinha ideias brilhantes: usar óleo da frigideira. Não tinha nada que saber: fritava o peixe e ao depois ainda aproveitava o óleo para alindar o penteado (maximização de recursos, chamar-lhe-iam agora). Foi um êxito: produto resultava resultava tão limpinho como se fora brilhantina. Nem o cheiro se notava por aí além. Até que um dia um dos lá do Vitória descobriu um olho de peixe no penteado dândi do Cô.


O Google anda estranho. Do Sebastião Cô há outros textos e até uma fotografia na Internete (essa que vedes aí, subtraída dum blogo qualquer - o Cô é o da esquerda) e o melhor que sai da busca é isto...
Será que usam óleo de peixe na máquina de co-incinerar?

Postal de Natal pagão.


Escola primária da Picheleira [vista do campo do Vitória], Lisboa, 1956.
Armando Serôdio, Arquivo Fotográfico da C.M.L..

tenho de me continuar a chatear?

a propósito deste infame post, tenho de esclarecer o seguinte:

1) o vitória não era meu. nem poderia. era do clube. eu fui um fiel depositário do bicho.

2) sucede que o bicho, por alturas de 81/82 começou a frequentar com regularidade o patamar da minha escada. lembro-me perfeitamente, durante o mundial de espanha, após os jogos, eu tinha de o ir levar ao sô zé do campo (que deus tem) porque se não ele não arredava pé.

3) no outono desse ano, muito friorento e chuvoso, com a anuência do sô zé do campo (que deus tem) e da dona alice do campo, decidimos abrir-lhe as portas da nossa casa.

4) o bicho era alimentado, pela minha mãe, eu dava-lhe banho e catava-lhe a bicheza, nós é que o levávamos à vacinação, perdoavamos-lhe as quecas que dava à cadela do cara-de-homem, morreu nos meus braços ali pelas redondezas da rotunda das olaias e tu vens-me com merdas sobre a propriedade do bicho. é claro que com estas acções todas eu posso dizer que também era meu. ok?

5) a pergunta que se impõe é a seguinte: é mais importante destacar a propriedade (ou não) do animal ou a qualidade de vida que a família jaime deu à mais querida mascote do clube (pronto, ok, em pé de igualdade com a cajoca - a mãe, entenda-se!) no outono e inverno da sua vida canina - com capa de calfe (atenção que era forrada a carneira sintética) e tudo?

6) olha, olha, apanham-me num dia bom, apanham!

tenho de me chatear, tenho!

Sobre este post tenho a dizer o seguinte:

1) quem é que se lembra de colocar em causa o poder mediático do meu cão?

2) eu relembro o seguinte: o meu cão era guarda dumas instalações desportivas, era mascote da maior agremiação da freguesia e era adorado por todos os associados dessa instituição de utilidade pública - recebia torresmos directamente do talho do chitas.

3) um dia na sede, o vitória deu uma mijadela na perna duma mesa de jogo, lá do primeiro andar. o olho peixe-espada queria dar-lhe um safanão. então o greno levantou-lhe a voz e disse-lhe: ó olho, esse mija onde entender. vai mas é buscar a esfregona e limpa lá a mijadela.

4) esclareci a coisa ou não?

5) (esta foto demonstra a cartonância do meu bicho. quantos cães na picheleira tinha uma capa de super-herói, assim, em calfe?


Cão mais "mediático"

Como tenho achado o Bar, um bocado pó parado, (deve ser do Natal) gostaria agora de propôr um inquérito aos demais companheiros :

“Qual o cão mais mediático do bairro?

a) Vitória – bonito rafeiro, entregue aos cuidados de Dar, já numa fase em que andava um bocado afanado, que o beijava como se de um irmão se tratasse;

b) Bejagó – outro bonito rafeiro, pertença de uma senhora que não me lembro agora do nome, mas que morava no prédio americano, mesmo ao lado da loja de Dar;

c) King – esse pastor alemão que me assustava à brava, cada vez que passava em frente à oficina do Horácio.

Aceitam-se mais nomeados, que possa ter esquecido por lapso...
Um abraço Waickiano para os demais.




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